- (41) 99941 7363
Em 2023, foram 837 reportes, sendo 338 apenas no Rio de Janeiro e outros 370 em São Paulo. Vídeo mostra balão em chamas atingindo casas e rede elétrica em Jundiaí (SP)
Ricardo Silva
Nos últimos cinco anos, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa) recebeu, em média, 830 reportes anuais de ocorrência de balões, com destaque para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 2023, foram 837 reportes, sendo 338 apenas no Rio de Janeiro e outros 370 em São Paulo. Em 2024, até o momento, são 187 registros de ocorrência de balões.
É importante esclarecer que os dados disponibilizados são decorrentes das fichas preenchidas e que um mesmo balão pode ter sido avistado e reportado por mais de uma pessoa.
Percebe-se, ainda, um incremento entre os meses de maio e julho, considerados mais críticos em função das festas de São João. Esse período representa 40% do total de ocorrências do gênero no Brasil.
O Cenipa disponibiliza em seu site a página de “Risco Baloeiro”, criada com a finalidade de coletar informações sobre eventos relacionados a balões, tendo em vista que, a partir da publicação do Decreto nº 9540/2018, as atividades de prevenção de competência do centro no âmbito da aviação civil ficaram limitadas “às investigações de acidentes e incidentes aeronáuticos e às tarefas relacionadas com a gestão dos sistemas de reporte voluntários”.
De acordo com o Cenipa, as cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Curitiba lideram o ranking de reporte de balões de ar quente não tripulados nessa época do ano. De janeiro a maio de 2024, foram registrados 186 avistamentos.
O ranking tem o Aeroporto Santos Dumont (RJ), com 23 reportes de balões, seguido do Aeroporto Internacional de Viracopos, Campinas (SP), com 21 e, por último, o Aeroporto de Bacacheri, Curitiba (PR), com 14.
Morador registra queda de balão momentos antes de galpão pegar fogo
O perigo aumenta quando as condições meteorológicas não permitem o avistamento e, consequentemente, impedem o desvio que pode ser feito a tempo pelo piloto. Dependendo da massa do balão e da velocidade da aeronave, o impacto da colisão pode chegar a 250 toneladas.
Um balão de 15 quilos, por exemplo, considerado pequeno, ao colidir contra um avião que esteja voando a cerca de 300 Km/h causa um impacto de três toneladas e meia.
A prática, além de ser crime, pode provocar graves consequências e põe em risco a aviação, a vida das pessoas e o meio ambiente.
“O Departamento de Controle do Espaço Aéreo está atento para a questão envolvendo os balões não tripulados. São adotados procedimentos quando um balão é avistado. A primeira ação tomada pelos controladores de tráfego aéreo ao receber esses reportes é notificar todos os operadores na vizinhança do avistamento do balão. Os pilotos também são alertados quanto a esse tipo de ocorrência por meio de uma mensagem periódica gravada que informa sobre as condições do aeroporto e suas proximidades”, esclarece o chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.
17 de fevereiro de 2025
17 de fevereiro de 2025
17 de fevereiro de 2025
17 de fevereiro de 2025
17 de fevereiro de 2025